Você conhece as vestimentas de proteção contra arco elétrico? Que são os causadores de grande parte dos acidentes envolvendo trabalhadores do ramo elétrico, e são de grande periculosidade, pois causam queimaduras incapacitantes ou fatais. Porém, esses acidentes podem ser atenuados pelo uso de EPI’s, e entre eles está a vestimenta com proteção contra arcos elétricos, que devem ser usadas sempre que medidas de proteção coletivas e administrativas se mostrarem ineficazes em eliminar o risco e são de uso obrigatório sempre que houver possibilidade do trabalhador estar exposto diretamente ao risco.  

Essas vestimentas estão em consenso com a norma NFPA 70E e tem fabricação regulamentada pelas NBR IEC 61482, que se baseiam em normativas internacionais elaboradas pelas organizações ASTM, IEC e ISO. E cada vestimenta terá características que irão variar conforme a sua fabricação e irão servir para selecionar a melhor tecnologia para a proteção dos trabalhadores aos riscos aos quais serão expostos.   

 Para estipular quais as características requeridas da vestimenta para determinado trabalho, é necessária a categorização do risco (são 5 categorias) e o estudo da energia incidente (em cal/cm²) à qual o trabalhador estará exposto, ambos feitos durante a análise de risco. E o valor do ATPV do tecido (também em cal/cm²) que é o indicador do desempenho dos tecidos contra arco elétrico, podendo ser definido como uma estimativa da barreira conferida pelo tecido.   

Os dados, categoria do risco, energia incidente e ATPV, levantados a partir da análise de risco são utilizados na leitura e aplicação de tabela da NFPA 70E para a seleção do nível mínimo de EPI e vestimentas de proteção contra arcos elétricos.   

Os itens que constituem a vestimenta contra arco elétrico vão além da roupa em si. Na tabela da NFPA 70E são indicados os EPI’s conforme a classificação de risco, indicando a necessidade de terem valor ATPV ou de serem um EPI padrão. Cada risco exigirá um conjunto de EPI específico, e proteção ATPV específica.

As vestimentas contra arco elétrico demandam alguns cuidados a se tomar, e estarão descritos no manual de instruções fornecido junto com a vestimenta, e dentre essas instruções estão:

• As inspeções a serem feitas antes do uso;   
• As formas de manutenções;
• O armazenamento adequado; e   
• Recomendações de limpeza.   

Neste tipo de trabalho com alto grau de risco ao trabalhador, deve-se ter em mente que a vestimenta não elimina o risco, apenas atenua a lesão ou agravo de um acidente ou exposição que o trabalhador possa sofrer. O ideal é sempre tentar eliminar o risco e garantir a segurança durante as atividades.   

O INBRAEP – Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante – possui o curso profissional de NR-10 sobre Riscos em Eletricidade. Neste curso, o profissional irá obter conhecimento sobre os diferentes tipos de riscos, além de técnicas e formas de prevenção de acidentes que irão garantir a sua proteção em situações específicas com suas determinadas exigências, garantindo, assim, sua eficiência e confiabilidade no trabalho e prevenção de possíveis riscos em diversas circunstâncias. Para mais informações, acesse o curso de NR-10.

 

Referências

1 – LEWIS, Stuart M. Equipamentos de Proteção Individual. 

2 – MANUAL de Orientação para Especificação das Vestimentas de Proteção Contra os Efeitos Térmicos do Arco Elétrico e do Fogo Repentino: SIT. 

3 – RÔMULO, Alan; SENGER, Eduardo. A NFPA 70E e os requisitos de segurança para arco elétrico Seleção de EPIs. 2012.