Inspeção, cuidados e manutenção do equipamento de proteção contra quedas
Publicado por INBRAEP em 21 de novembro de 2019
Os equipamentos são importantes para o sistema de segurança, ficando evidente a necessidade de uma fiscalização eficiente. Dessa forma, é necessário que todos os EPI’s sejam submetidos a uma inspeção visual e palpável antes de cada uso para assegurar que estão em condição segura e funcionam corretamente. O fabricante deve disponibilizar ao usuário manual de instruções que acompanhe o equipamento, mostrando como as inspeções precisam ser seguidas.
A pessoa que executar a inspeção completa terá que ser independente e imparcial para permitir que decisões objetivas sejam tomadas, isto é, ter autoridade para descartar o equipamento se necessário. É fundamental que todas as inspeções que foram feitas nos equipamentos sejam registradas, sendo elas completas ou adicionais. Recomenda-se que qualquer item que mostrar algum defeito considerado sério, em qualquer momento, seja retirado do serviço.
Prazo de validade e vida útil
Para alguns equipamentos, o fabricante fornece um prazo de validade, o equipamento que tenha alcançado o limite de seu prazo de validade deverá ser retirado do serviço e não usado novamente. A vida útil do equipamento pode ser menor do que o prazo de validade e será determinada de acordo com inspeção, cuidados e manutenção do equipamento.
Equipamento têxtil (linhas de ancoragem, talabartes de segurança, cinturões etc.)
É recomendado que os componentes produzidos de cordas e tecidos têxteis sejam cuidadosamente inspecionados antes de serem armazenados e antes de serem utilizados novamente, sendo manuseados para combinar um exame visual e palpável para verificar se há algum dano. Para manter o produto limpo, é necessário que os artigos têxteis sujos sejam lavados em água limpa em uma temperatura máxima de 40 °C, com sabão neutro ou um detergente suave e depois enxaguar completamente em água fria e limpa.
Equipamentos metálicos (conectores, dispositivos da linha de ancoragem etc.)
Os equipamentos metálicos deverão ser manuseados com cuidado, pois podem ser danificados se caírem, os artigos de metal exigem verificação para assegurar que funcionam corretamente e suavemente.
É necessário que os equipamentos sejam mantidos limpos, é indicado que seja feito qualquer tipo de lubrificação nos equipamentos metálicos, porém, é melhor que a lubrificação seja evitada em áreas que podem entrar em contato com materiais têxteis, por exemplo: como linhas de ancoragem, talabartes de segurança etc, porque pode afetar o funcionamento desejado de qualquer dispositivo de fixação ou ajuste, todas as formas de lubrificação deverão estar conforme orientação do fabricante.
Capacetes de segurança
Os seus cascos deverão ser verificados quanto à rachaduras, deformações, abrasões severas, sulcos, despigmentação ou outros danos. É necessário que as fitas da jugular e demais sistemas de ajuste sejam verificados em relação ao desgaste, como também a segurança de todos os pontos de engate entre os diferentes elementos, como, por exemplo, as áreas costuradas ou rebitadas, qualquer capacete que apresentar algum dano tem que ser retirado do uso.
Desinfecção de equipamento
Pode ser necessário desinfetar o equipamento, como depois de trabalhar em contato com algum material contaminante ou de se trabalhar em uma rede de esgoto. Depois da desinfecção, o equipamento tem que ser completamente enxaguado em água limpa, fria e secado naturalmente em um ambiente quente longe do calor direto.
Armazenamento
Depois de qualquer limpeza necessária e secagem, é importante que o equipamento seja armazenado em um lugar fresco, arejado, seco, escuro, em um ambiente quimicamente neutro, longe do calor ou fontes de calor excessivo, umidade alta, extremidades pontiagudas, corrosivas ou outras causas possíveis de dano, lembrando que o equipamento molhado não pode ser armazenado.
Equipamento retirado do serviço
O equipamento defeituoso ou suspeito que foi retirado de serviço não voltará a ser usado sem a aprovação de uma nova inspeção detalhada, é necessário que qualquer equipamento considerado defeituoso e fora de uso seja cortado em pedaços ou quebrado antes de ser descartado, para garantir que não será recuperado e usado novamente.
Alterações no equipamento
Não deve ser utilizado o equipamento que foi alterado sem a aprovação prévia do fabricante, pois seu desempenho poderá ser afetado.
Precauções de segurança para equipamentos de proteção individual de queda
É necessário que seja tomado muito cuidado com o equipamento de proteção individual de queda para que seja protegido contra os seguintes fatores:
- Exposição às substâncias corrosivas e outras potencialmente prejudiciais como álcalis, ácidos e outras substâncias químicas corrosivas e seus fumos, graxas e óleos;
- Danos causados por arestas cortantes ou irregulares;
- Danos causados por impactos ou por esmagamento provocado por objetos pesados;
- Exposição às condições climáticas extremas quando em transporte e armazenamento, por exemplo, luz solar direta, chuva e temperaturas extremas;
- Exposição ao calor direto e temperaturas acima de 50 °C;
- Queima de qualquer parte têxtil do equipamento quando próximos a operações de solda ou associadas aos processos que envolvam altas temperaturas, por exemplo, trabalhos com cola quente.
Lembrando que o atendimento desta norma não exclui as obrigações legais, na aplicação dela deve ser cumprida a legislação oficial, se caso exista um conflito entre ambas, prevalece à legislação oficial vigente. Ou seja, em caso de conflitos entre esta Norma técnica e a Norma Regulamentadora, prevalece o que está descrito na Norma Regulamentadora.
Sendo assim, é evidente a importância de uma capacitação eficiente para que os equipamentos de proteção contra quedas sejam mantidos e higienizados de forma adequada, prevenindo a exposição do trabalhador aos riscos encontrados no ambiente de trabalho.
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16489. Sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalhos em altura — Recomendações e orientações para seleção, uso e manutenção. Rio de Janeiro, ABNT, 10 de julho de 2017.
MESQUITA, Odenis. Dispositivos de proteção contra quedas. Ranger SMS gestão de riscos, [S. l.], 2017.
Referencial dessa publicação:
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). . Santa Catarina: Equipe INBRAEP, . Disponível em: . Acesso em: .
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