Modelos de EPI para os membros inferiores
Publicado por INBRAEP em 25 de novembro de 2019
Existe um grande número de riscos para os trabalhadores em diversas empresas, um deles seria a respeito dos pés, que podem vir através da queda ou rolamento de materiais pesados, riscos elétricos, substâncias quentes ou corrosivas, e até mesmo uma área escorregadia, sendo assim, é recomendável o uso de EPI’s para evitar transtornos e acidentes.
No entanto, mesmo sabendo da importância do uso dos calçados para cada atividade específica, alguns trabalhadores ainda não utilizam de forma correta ou até deixam de usar, por isso, é necessário que tenha algum funcionário responsável por fiscalizar se estão utilizando, se usam de forma adequada e se armazenam conforme as exigências.
O perigo ao qual o trabalhador está exposto se liga diretamente com a atividade que ele exerce, neste caso, quando tratamos das principais consequências, podemos citar as luxações, torções, escoriações, cortes, fraturas, esmagamentos, amputações e queimaduras.
Exemplos de EPI para membros inferiores
São diversos os equipamentos de proteção para os pés, entre eles estão:
- Sapatos ou botas: contra riscos de queda, esmagamento ou rolamento;
- Calçados eletricamente condutores: que evitam o acúmulo de eletricidade estática em áreas com potencial para atmosferas explosivas ou não condutores para proteger os trabalhadores de riscos elétricos no local de trabalho;
- Botas de fundição: são resistentes a temperaturas altas e também a metais fundidos;
- Botas impermeáveis ou à prova d’água: mantém os pés secos em ambientes molhados;
- Botas resistentes ao deslizamento: feitas com solados apropriados para ambientes escorregadios;
- Botas termicamente isoladas: recomendadas para temperaturas baixas e mantém os pés aquecidos.
Além dos calçados que estabelecem a proteção para os pés, nós podemos encontrar outros EPI’s que fornecem a proteção dos membros inferiores, por exemplo:
- Perneiras: Dependendo do seu material, podem estabelecer a proteção dos membros inferiores do usuário contra lesões, cortes, picadas de animais, riscos de solda, agentes térmicos, água, agentes químicos, entre outros.
- Meias térmicas: Estabelecem a proteção térmica dos pés em ambientes de baixa temperatura e contra agentes térmicos.
- Calças: Dependendo do seu material, podem estabelecer proteção contra baixas temperaturas, umidade, lesões, cortes, partículas volantes, fogo, entre outros…
Material do EPI
Para adquirir os calçados e estabelecer a segurança dos trabalhadores, o empregador precisa se basear no ambiente em que todos estão disponibilizados, escolhendo o material correto que pode ser um dos seguintes:
- Revestimento impermeável: os revestimentos à prova d’água são acrescentados ao EPI para proteção dos pés, sendo assim, o forro mantêm a água fora mas o suor é eliminado.
- Couro: Estes EPI’s são resistentes a água, duradouros e de fácil manutenção. São mais pesados e menos ventilados que os de malha de nylon, mas costumam ter mais durabilidade, por isso, são uma ótima escolha para condições de trabalho mais difíceis.
- Combinação de malha e couro de nylon: normalmente não pesam muito, costumam ser flexíveis e ventilados, mas apresentam menor resistência à água do que as botas de couro.
Maneiras de armazenar e manter o EPI para os membros inferiores:
Para manter os EPIs em boa conservação é necessário seguir alguns passos, como:
- Guardar o EPI em local arejado, longe do calor e da umidade.
- O EPI não deve ser alterado em nada , como ser cortado, furado, costurado ou até pintado.
- O calçado não deve permanecer estocado por mais de 180 dias, para os de borracha, o prazo máximo de estocagem são 12 meses.
- O usuário não deve fazer uso contínuo, pois contribui para o aparecimento de fungos, bactérias e mau cheiro. O suor absorvido deve ser eliminado naturalmente;
- A forma adequada de secar o calçado é na temperatura ambiente e na sombra
- Para eliminar a sujeira poderá ser utilizado um pano úmido e limpo, após secar, no caso de calçados de couro, é só aplicar algum produto de engraxe ou conservação específico.
Sendo assim, entendemos que é necessário escolher o EPI correto conforme a atividade e ambiente de trabalho que está exposto, armazenando e manuseando com cautela e seguindo as exigências passadas pelo supervisor contribuindo com a durabilidade, levando em consideração as condições encontradas para que seja feito a troca, caso necessário. Dando importância a esses critérios será possível prevenir acidentes no trabalho.
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Referências
FREITAS, Alvaro. EPI – Proteção para os pés. CM CENTER: [s. n.], 2018.
VELA, Tiago. NR6 PROTEÇÃO PARA OS PÉS EPI. Slide Player, 2019.
JÚNIOR , Adalberto Bastos. Catálogo de Equipamentos de Proteção Individual. [S. l.], 2017.
Secretaria Municipal de Administração de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SESMT. MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PADRONIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI -. [S. l.], 2017.
DIVISÃO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – DVSMT. Proteção de Tronco e Corpo Inteiro. [S. l.], 2010.
Referencial dessa publicação:
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). . Santa Catarina: Equipe INBRAEP, . Disponível em: . Acesso em: .