Sistemas de retenção de queda baseado em um trava-queda retrátil
Publicado por INBRAEP em 16 de julho de 2020
Você sabe como funcionam os sistemas baseados em um trava-queda retrátil? Os sistemas de retenção de queda baseados em um trava-queda retrátil têm algumas vantagens sobre os sistemas que são baseados em talabartes de segurança com absorvedor de energia, como:
- Possibilitam um alcance maior de movimentação no plano vertical, que será útil quando o usuário estiver subindo ou descendo uma estrutura; e
- A linha do trava-queda retrátil é mantida sob uma leve tensão, impedindo a ocorrência de folga durante o uso, isto minimiza a distância de queda livre.
No entanto, este sistema também possui algumas desvantagens e limitações, seu uso é limitado pelo comprimento máximo de trabalho da linha de segurança retrátil, quanto maior o comprimento da linha do trava-queda, os dispositivos ficam mais pesados e mais difíceis de manusear.
A maioria dos trava-quedas retráteis só podem ser usados em um plano vertical, ou seja, seu uso geralmente é limitado às situações em que o ponto de ancoragem está acima da cabeça do usuário, se esse dispositivo for usado em um plano diferente do vertical, existe um risco do mecanismo de bloqueio não funcionar ou da linha de ancoragem passar em cima de uma ponta afiada e falhar.
No sistema de retenção baseado em um trava-queda retrátil podemos encontrar alguns componentes do trava-quedas, como:
Limitador de retenção ou reserva: Um trava-queda retrátil pode ter um limitador de retenção ou reserva, que é um dispositivo de segurança que mantém uma reserva da linha de vida retrátil enrolada no carretel que não é liberada quando a linha retrátil é completamente extraída durante o uso normal.
Indicador de queda: É importante que o trava-queda possua um mecanismo indicador de proteção contra queda, pois a operação do indicador diz ao usuário que o trava-queda retrátil anteriormente sustentou uma carga de impacto e que ele precisa ser tirado do serviço.
Cordin auxiliar: Em algumas situações, os trava-quedas retráteis são instalados para que fiquem permanentemente em uma altura considerável acima do local de trabalho. Nestas situações, o usuário não consegue alcançar a linha retrátil, sendo assim, um cordin auxiliar pode ser preso ao conector da linha. O usuário pode tirá-la ou guardá-la por meio do cordin auxiliar lentamente. Durante o uso do trava-queda retrátil, o cordin auxiliar pode ser removido.
Um trava-queda pode ter o comprimento maior, sendo normalmente utilizado em locais onde fica instalado de forma permanente devido ao seu peso, limitando o seu deslocamento de um local a outro de forma prática. Este equipamento possui alguns acessórios como um freio de retração, que é um acessório que previne a diminuição da linha de vida retrátil caso ela seja liberada de propósito, contribuindo para manter a segurança do usuário.
Os trava-quedas de pequeno porte possuem a vantagem de ter um peso reduzido e, em alguns casos, ao invés de estar conectado ao ponto de ancoragem, ele pode ter sua carcaça conectada ao cinturão de segurança tipo paraquedista para facilidade de uso. Alguns tipos de trava-quedas retráteis incorporam um meio integrado de resgate, por exemplo, um sistema de guincho, que pode ser usado por uma pessoa que estará fazendo o resgate para levantar ou abaixar um usuário incapacitado para uma posição de segurança.
Uso de sistemas de retenção de queda com um trava-queda retrátil
Quando tratamos da utilização dos sistemas de retenção de queda com um trava-queda retrátil, recomenda-se que ao final de uma atividade o usuário solte o conector de seu cinturão de segurança tipo paraquedista e retraia de forma controlada a linha retrátil completamente, por exemplo, utilizando um cordin auxiliar ou uma haste de forma a reduzir a tensão na mola sempre que o equipamento estiver fora de uso.
O bloqueio do sistema pode ser afetado por fatores ambientais, especialmente frio extremo, umidade e pó. Se o trava-queda retrátil for usado em condições severas, é recomendado consultar o fabricante. Não deve ser utilizado o trava-queda retrátil em situações em que, no caso de uma queda, a fricção entre a pessoa em queda e a estrutura, ou entre a linha de vida retrátil e a estrutura, possa impedir que o trava-quedas seja acionado.
Se forem notados problemas com a extração ou retração da linha de vida retrátil durante o trabalho em altura, o trabalho terá que ser interrompido imediatamente. Além disso, o equipamento tem que ser retirado de serviço e substituído por outro que esteja em boas condições de uso antes de receberem autorização para dar continuidade na atividade.
Recomenda-se que o usuário assegure que a linha de vida retrátil percorra diretamente da caixa para o ponto de retenção de queda do cinturão de segurança tipo paraquedista. A linha não deve passar embaixo dos braços ou das pernas do usuário enquanto se movimenta ou enquanto estiver parado, pois pode acabar causando ferimentos no caso de uma queda.
Sendo assim, podemos concluir que o sistema com um trava-queda retrátil pode fornecer outras formas de proteção dos trabalhadores por meio de modelos de trava-queda ou acessórios específicos de retenção de queda.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16489. Sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalhos em altura — Recomendações e orientações para seleção, uso e manutenção. Rio de Janeiro, ABNT, 10 de julho de 2017.
Referencial dessa publicação:
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). . Santa Catarina: Equipe INBRAEP, . Disponível em: . Acesso em: .