Princípios para seleção de sistemas de proteção individual contra quedas (SPIQ)
Publicado por INBRAEP em 18 de novembro de 2019
Tendo em vista que a queda de altura é uma das maiores causas de morte e ferimentos no local de trabalho, é essencial que medidas sejam tomadas para proteger os trabalhadores. A principal delas é o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’s), que devem sempre ser certificados, porém, também é preciso que os equipamentos sejam apropriados para o uso no serviço que será realizado. Os EPI’s serão considerados apropriados ao respeitar os princípios abaixo:
Uso de normas: É necessário que o equipamento selecionado esteja conforme o exigido pelas Normas para poder ser utilizado no serviço que pretende realizar.
Sistemas de trabalho em altura a serem considerados:
- Sistema de restrição: Impede o acesso aos locais onde existe o risco de queda de altura;
- Sistema de posicionamento no trabalho: Mantém o usuário em uma posição sustentada parcialmente ou completamente;
- Sistema de acesso por corda: Emprega duas cordas fixadas separadamente, uma como meio de suporte e a outra como segurança, para o acesso e a saída do local de trabalho, sendo as duas cordas conectadas ao cinturão de segurança do usuário.
- Sistema de retenção de queda: Evita que aconteçam quedas livres, prendendo o trabalhador preso no ar em caso de queda.
Limites de uso do equipamento: O equipamento deve ser usado exclusivamente para o que foi projetado, e não funcionará corretamente ao ser utilizado com outra função.
Compatibilidade do equipamento: É essencial garantir que os componentes de qualquer sistema são compatíveis e que sua função segura não será afetada.
Capacitação dos usuários: É necessário que os usuários sejam capacitados, treinados e avaliados, tendo curso de treinamento comprovado para fazer o uso dos sistemas e equipamentos de proteção individual.
Conhecimento dos usuários sobre o equipamento: O fabricante do equipamento deverá fornecer as informações de cada produto de uma forma que possam ser completamente entendidas pelo usuário antes que ele utilize o equipamento.
Exame de pré-uso do equipamento novo para o usuário: Antes de um equipamento ser utilizado pela primeira vez, é necessário que ele seja apropriado para o trabalho pretendido, que esteja funcionando corretamente e que se encontre em boas condições. Em caso de dúvida sobre sua segurança, ele terá que ser submetido a uma inspeção detalhada.
Princípios de manutenção: É fundamental que o equipamento seja mantido limpo e seco e esteja corretamente armazenado, além de não ser alterado ou consertado, a menos que isto seja autorizado pelo fabricante.
Identificação do perigo: Antes do início do trabalho, é essencial que se realize a identificação do perigo, a análise de risco e a definição do método de trabalho, considerando a hierarquia das soluções protetoras. É fundamental que se planeje um sistema seguro de trabalho, incluindo a seleção de métodos e equipamentos apropriados, em conjunto com pessoal capacitado.
Hierarquia de soluções de proteção para as pessoas que trabalham em altura: A abordagem hierárquica para o planejamento do trabalho em altura pede que medidas que previnem uma queda seja prioridade sobre aquelas que minimizam a altura e consequências de uma queda, assim como, as medidas de proteção coletivas sejam prioridade sobre as medidas de proteção individual.
Marcação de certificado de aprovação (CA): É essencial que todos os cintos paraquedista possuam certificado de aprovação, conforme exigido pela norma regulamentadora.
Desta forma, podemos entender que, através da análise dos riscos que o ambiente de trabalho apresenta, será possível escolher os equipamentos e sistemas adequados para a proteção do trabalhador e também para facilitar sua atividade.
O INBRAEP – Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante – possui o curso profissional de NR-35 sobre trabalhos em alturas. Neste curso, o profissional irá obter conhecimento sobre os diferentes tipos de equipamentos utilizados, técnicas, e formas de prevenção de acidentes que irão garantir a sua proteção em situações específicas com suas determinadas exigências, garantindo, assim sua eficiência e confiabilidade no trabalho e prevenção de possíveis riscos em diversas circunstâncias. Para mais informações, acesse o curso de NR-35.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16489. Sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalhos em altura — Recomendações e orientações para seleção, uso e manutenção. Rio de Janeiro, ABNT, 10 de julho de 2017.
MESQUITA, Odenis. Dispositivos de proteção contra quedas. Ranger SMS gestão de riscos, [S. l.], 2017.
Referencial dessa publicação:
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). . Santa Catarina: Equipe INBRAEP, . Disponível em: . Acesso em: .
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