Sistemas de retenção de queda baseados em uma linha de ancoragem vertical e um trava-queda guiado
Publicado por INBRAEP em 23 de julho de 2020
Você sabe como funcionam os sistemas de retenção de queda baseado em uma linha de ancoragem vertical e um trava-queda guiado? Entre as subdivisões do sistema de retenção de quedas, temos um sistema baseado em dois componentes básicos: uma linha de ancoragem vertical e um trava-queda guiado. Neste sistema, o trava-queda corre para cima e para baixo na linha de ancoragem e trava sobre ela se o usuário tiver uma queda. Este sistema pode apresentar linha de ancoragem rígida ou flexível.
Quando tratamos da linha rígida, ela será constituída por um cabo de aço ou um perfil rígido, que é normalmente chamado de trilho. Já a linha de ancoragem flexível é constituída por um cabo de aço ou corda, e acompanha toda a rota de acesso ou área de trabalho. A diferença deste tipo de ancoragem é que sua base é mantida solta, podendo ter um lastro para manter uma tensão e estabilidade. O sistema de retenção com linha vertical rígida tem sua base sempre fixa.
O sistema de retenção baseado em uma linha de ancoragem e um trava-queda guiado pode ser permanente ou temporário, quando tratamos do sistema com linha rígida, ele será utilizado de forma permanente, mas no caso de linha flexível, ele será utilizado tanto de forma temporária quanto permanente.
As linhas flexíveis instaladas de forma temporária são compostas normalmente por corda de fibra sintética conectada a um ponto de ancoragem acima da cabeça. A linha de ancoragem acompanha o caminho de acesso e um lastro é conectado à parte inferior gerando uma pequena tensão e estabilidade, facilitando o uso e gerando maior segurança.
Recomenda-se que a linha de ancoragem seja de comprimento suficiente e que quando conectada ao ponto de ancoragem permita ao usuário alcançar o todo da área de trabalho pretendida sem a necessidade de relocar a linha de ancoragem continuamente.
O trava-queda guiado pode ser permanentemente montado na linha de ancoragem ou ser instalado pela ponta da linha ou ainda ser de um modelo que possa ser instalado ou retirado da linha em qualquer ponto. O trava-queda guiado utilizado no sistema é projetado com um sistema de bloqueio, com alavanca, que trava em caso de queda e possui um conector para ser instalado no elemento de engate de retenção de queda do cinturão de segurança tipo paraquedista. O trava-queda guiado acompanha o trabalhador durante a subida e descida sem a necessidade de ação manual para isto.
Quando o sistema é instalado em uma escada ou estrutura, ou próximo a estas, e ocorre uma queda, o usuário pode ser capaz de retornar sozinho para a estrutura ou escada. É recomendado que o trava-queda guiado usado possua uma indicação da orientação correta de posicionamento na linha de ancoragem, pois alguns modelos possuem características que dificultam ou mesmo impedem a instalação do trava-queda guiado corretamente sobre a linha de ancoragem vertical.
Uso do sistema de retenção com linha de ancoragem vertical e trava-queda guiado
No uso do sistema seja ele permanente ou temporário convém que se assegure que o trava-queda seja compatível com a linha de ancoragem na qual será usado, pois em alguns casos o trava-queda de um fabricante pode não ser compatível com a linha de outro. Por isso, convém que seja obtida a recomendação dos fabricantes, antes de itens de fabricantes diferentes serem usados em conjunto.
O bloqueio da utilização de um trava-queda guiado pode ser afetado por fatores ambientais, especialmente temperaturas extremas, umidade e pó. Se um trava-queda guiado tiver que ser usado em condições particularmente severas, convém que o fabricante seja consultado. Nos casos em que duas ou mais linhas de ancoragem flexíveis instaladas de forma temporária estejam protegendo trabalhadores na mesma vizinhança, convém que seja tomado cuidado para evitar que elas se cruzem.
No caso de queda com linhas de ancoragem verticais instaladas de forma temporária, é muito provável ocorrer uma queda em pêndulo, assim como, em uma situação de uso múltiplo, se um usuário cair, a ação de pêndulo da linha de ancoragem tende a puxar e tirar o equilíbrio dos outros usuários presos àquela linha de ancoragem. Por esse motivo, é necessário que nas situações em que dois ou mais usuários que dependam de proteção individual contra queda, instalada de forma temporária, estejam conectados a uma linha de ancoragem vertical independente.
Desta forma, o sistema de retenção baseado em uma linha de ancoragem vertical, flexível ou permanente, juntamente com um trava-queda guiado fornece outro modo de reter uma queda diante de atividades em altura, sendo extremamente importante que as especificações a respeito do uso dos equipamentos sejam respeitadas para que não ocorram demais acidentes.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16489. Sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalhos em altura — Recomendações e orientações para seleção, uso e manutenção. Rio de Janeiro, ABNT, 10 de julho de 2017.
Referencial dessa publicação:
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). . Santa Catarina: Equipe INBRAEP, . Disponível em: . Acesso em: .